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domingo, 21 de novembro de 2010

Derrota para o Flamengo deixa Guarani perto do rebaixamento

Bugre enfrenta Grêmio e Fluminense na luta contra a "degola"

O Guarani ficou mais perto de voltar à Série B do Campeonato Brasileiro ao perder o jogo deste sábado (20) para o Flamengo por 2 a 1, no Estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro.O time campineiro ocupa a 18ª posição da tabela com 37 pontos ganhos e mais dois jogos para fazer contra Grêmio, em Campinas, e Fluminense, no mesmo estádio do Engenhão. Ambos lutam por libertadores e o time carioca pelo título.A situação do time alviverde é muito delicada e os resultados das partidas deste domingo podem deixar as chances de escapar da “degola” praticamente nulas. O Bugre torce contra Avaí (37 pontos), Atlético-MG (39 pontos), Atlético-GO (40 pontos) e Goiás (32 pontos). O Flamengo, que também luta contra o rebaixamento, chegou aos 43 pontos. O rubro-negro enfrenta o Cruzeiro e o Santos nas duas últimas rodadas.
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O Jogo
O jogo parecia que seria tranquilo para o Flamengo. Logo na saída de bola, o time se mandou ao ataque para pressionar o Guarani. Na primeira falta, aos dois minutos, Renato lembrou Petkovic em 2001 e acertou perfeito chute de efeito, tirando completamente a bola da barreira e do goleiro Emerson: 1 a 0 e loucura no Engenhão. Clique Para ver o gol
Mas o que seria uma benção para os rubro-negros acabou virando castigo. O gol relâmpago inverteu rapidamente a tônica do jogo. De uma hora para outra, foi o Guarani quem passou a pressionar. À beira do gramado, Vanderlei Luxemburgo se desesperava, temendo o pior. E o empate não demorou. Aos 13, Welington cometeu falta próximo à linha de fundo. Baiano, bateu para a área, mas nem foi preciso desvio. A bola quicou e Marcelo Lomba aceitou: 1 a 1. Alguns torcedores gritaram o nome de Bruno. Clique para ver o gol
Exaltar o goleiro preso foi apenas uma das inúmeras reações de instabilidade rubro-negra. O gol transformou o Engenhão em um caldeirão de nervosismo. Lomba passou a ser vaiado até em tiro de meta. Kleberson, com toda sua experiência, assustou-se ao ficar livre na área e chutou fraco, desperdiçando ótima chance, aos 15. Renato bateu falta aos 18, mas nem de longe lembrou o cobrador milimétrico do primeiro gol. Isolou. Aos 31, Diogo recebeu passe açucarado, mas errou o domínio. No contra-ataque, Mazola arrancou, deixou Willians para trás e caiu na área pedindo pênalti. O cenário era favorável ao Guarani.
A sorte do Flamengo é que o destino já tinha dado uma mãozinha. O veloz Diego Maurício entrou no lugar do pesado Deivid, que saiu reclamando de dores no tornozelo, aos 21. Pouco depois, aos 33, Diogo errou mais uma jogada, mas acertou involuntariamente. A tentativa de drible bateu no zagueiro e sobrou limpa para Diego Maurício soltar a bomba, colocando novamente o Flamengo em vantagem. Clique para ver o gol
O clima no estádio voltou a ser de euforia, e o ambiente se refletiu no time. Aos 38, Renato fez linda jogada e por pouco não marcou o terceiro. Os passes eram mais curtos, cadenciados. Até Lomba recebeu aplausos.
A tensão passava a vestir verde. Mazola se jogou duas vezes tentando cavar mais uma chance de falta com Baiano. Apodi se irritou com Diogo. Vagner Mancini reclamou que os gandulas passaram a demorar na reposição das bolas. O Flamengo fazia o tempo passar à espera do intervalo.
Confira a Classificação
Tensão de sobra e chances raras na etapa final

O segundo tempo começou nervoso como o primeiro. O Guarani tentava acelerar o jogo, mas errava passes simples. O mais perigoso continuava sendo Mazola, constantemente parado com falta.
Mancini, que já havia colocado Mário Lúcio no lugar de Diego Barboza, mudou mais uma vez e substituiu Preto por Paulinho. Luxemburgo respondeu colocando Marquinhos no lugar de Kleberson, que saiu irritado, fazendo cara feia no banco de reservas. O pentacampeão não era o único perdendo a cabeça. Juan e Renato discutiram ásperamente em campo após um erro do time pelo lado esquerdo. Lomba, mesmo sem as vaias da etapa inicial, continuava assustado. Em falta cobrada por Baiano, socou para frente uma bola defensável.
O Flamengo atacava bem menos do que na etapa inicial. O Guarani aproveitava os espaços, adiantava a marcação, tentava mostrar força. Num raro contra-ataque permitido, Diego Maurício recebeu amarelo por simulação de pênalti, aos 21.

A torcida rubro-negra percebia que o momento era verde e tentava intimidar os rivais na base do grito. Não dá para dizer se a pressão da arquibancada teve ou não influência, mas fato é que Maycon saiu com bola e tudo em uma tentativa de arrancada pela esquerda, aos 25. Lance bisonho, que resume a tensão em campo.
Pensando nisso, Luxemburgo compensou a saída de Kleberson colocando Petkovic no lugar de Diogo, que não vinha bem. Claramente o objetivo era dar mais cadência ao jogo e melhorar o passe, mas aconteceu o contrário. Em sua primeira jogada, o sérvio não passou nem cadenciou. Tentou fazer gol de placa, arrancando até ser desarmado na área. A torcida delirou.
Em sua última cartada, Mancini sacou Mário Lúcio e colocou Pablo, de 17 anos, que entrou dando trabalho. Em uma troca de passes do garoto com Mazola, surgiu uma falta que Baiano mais uma vez jogou na área. Aílson subiu e cabeceou com perigo, para fora, aos 36.
Pouco depois, Marquinhos e Angelim tiveram duas boas chances de ampliar. Mas a torcida que lotou o Engenhão não estava ligando a mínima para o saldo. Queria apenas o apito final e os três pontos preciosos para um bom fim de ano.


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